Prestes a completar dois meses sem notícias de José Rodrigues Borges, 65, e Mariazélia Helone Borges, 58, a filha Josélia Borges, relata que tem vivido dias de tortura desde o desaparecimento repentino dos pais, que desapareceram no dia 5 de feveiro em São José do Rio Claro (a 315 km de Cuiabá).
O caso ainda é um mistério. Ao a filha relatou que o último encontro que tiveram foi muito agradável, assim como todas as outras vezes. Segundo ela, os pais já faziam planos para o decorrer da semana que se iniciaria.
“Nunca imaginamos que poderia acontecer esta tragédia na nossa família, mas no domingo almoçamos juntos e eles estavam felizes como sempre, até fizemos planos para o decorrer da semana que se iniciava e como de costume ele se despediu de nós, no caso eu, as netas e o genro dizendo que voltaria no dia seguinte”, explicou.
Durante o caminho de casa, José e Marizélia desapareceram. O veículo em que estavam foi localizado no dia seguinte com celulares, dinheiro e outros objetos pessoais em seu interior. No entanto, não havia nenhuma pista sobre o casal. Desde então a família vive sem respostas sobre o paradeiro dos dois. A filha sofre com a angústia e diz estar vivendo sob medicação, pois não consegue fazer mais nada, já que os pais eram seu alicerce.
“São dias de tortura, vivemos angustiados e preocupados com eles, não sabemos se estão vivos, como estão sendo tratados, se estão se alimentando, tomando a medicação controlada para pressão, ou até mesmo se o pior aconteceu, no caso de morte, onde os colocaram. A família toda, eu como filha, meu irmão, minhas filhas e até mesmo meus tios estão todos abalados e com medo, porque é um caso misterioso”, pontuou.
José Rodrigues é de uma família de 13 irmãos, veio de Goiás na década 70 para o Mato Grosso. Já Marizélia tem 7 irmãs, veio do Mato Grosso do Sul na década de 80. O casal se conheceu em São José, onde foram um dos fundadores. Lá trabalharam e construíram família.
A filha não poupou elogios e aproveitou para fazer um apelo às autoridades para que deem ênfase ao caso e a situação seja solucionada.
“Meu pai, um super avô, guerreiro, sempre preocupado com todos da família, ele é o nosso alicerce. Minha mãe é a melhor mãe, a que protege, a que dá carinho, uma avó que não tem outra igual. Só quero eles de volta não importa como, vivos ou mortos, eu preciso encontrá-los para ter paz. Peço ao Poder judiciário, aos políticos, a comunidade, a todos que me deem eles de volta”.
Investigações
O delegado Rhapael Guerra, responsável pelo caso, informou ao , que as buscas continuam e que no último fim do dia 3 de março o Corpo de Bombeiros com ajuda de cães farejadores fizeram novamente uma varredura pela região, mas sem êxito.
“No último dia 3 de março, tivemos mais dois dias de buscas em áreas de mata próximas à fazenda. O Corpo de Bombeiros com mais 2 cães varreram grande área em que poderiam estar os corpos das vítimas, mas nada foi encontrado, as investigações continuam, realizando oitivas e pedidos de informações, bem como tentando confirmar informações não oficiais que apareceram”, explicou.