A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta terça-feira a Operação Suborno para combater crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Vinte mandados foram cumpridos em Mato Grosso e mais quatro estados.
Durante a operação, foram encontrados R$ 500 mil em dinheiro. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 44 milhões em bens dos investigados.
O delegado responsável pelas investigações, Ivaldo Pereira, afirmou que os traficantes pernambucanos negociavam cocaína com criminosos de Mato Grosso.
Segundo ele, a operação, além de focar na prisão da quadrilha envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, também estava atrás dos fornecedores das drogas.
“A gente acredita que foi um forte golpe no grupo, que é ligado a facções criminosas de outros estados. Tanto que a gente não focou apenas nos traficantes pernambucanos. A gente foi atrás dos fornecedores de drogas. Então, isso vai impactar na medida que eles vão saber que a gente vai chegar a esse tipo de criminoso que até então era blindado”, explicou o delegado.
Além de Mato Grosso, os mandados foram cumpridos em Pernanbuco, Mato Grosso do Sul, Acre e Rio Grande do Norte.
Dos 20 mandados, dois deles foram para pessoas já detidas, e outras dezoito pessoas foram presas, a maioria em Pernambuco. Um dos presos era um ex-diplomata que não teve a identidade divulgada.
Em contato com a Polícia Civil de Mato Grosso eles afirmaram que não tem informações sobre as ações da operação no Estado.
Também foram expedidos mandados 26 de busca e apreensão, além de sequestro de imóveis e veículos e bloqueio judicial de ativos financeiros.
No cumprimento desses mandados foram apreendidos R$ 500 mil em dinheiro, dez carros, armas, relógios, joias.
Também foram apreendidos dólares e euros, em quantia ainda não contabilizada, bloqueados R$ 44 milhões do grupo criminoso e sequestrados imóveis, incluindo entre eles um posto de combustível que a polícia acredita que era utilizado para lavagem de dinheiro.
O delegado afirmou que as investigações prosseguem para verificar a possível participação de outros envolvidos no esquema criminoso. Os nomes dos presos não foram divulgados.

