O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma “presepada” ao manter a decisão que suspendeu todos os trâmites para o início das obras BRT (Ônibus de Transporte Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande.
Com tom de voz alterado e expressão fechada, o chefe do Executivo reiterou que o modal que o Estado tenta implantar não possui recursos federais e, por conta disso, não existe justifica para o “TCU se meter”.
“Foi um absurdo o que o TCU fez. Vamos reconhecer. Aqui não tem um centavo de verba federal e o TCU não tem que se meter nisso. Qualquer bocozinho sabe disso. Ao meu ver foi feito uma presepada”, disse durante o evento de comemoração ao aniversário de Várzea Grande nesta segunda-feira (16).
As declarações ocorrem uma semana após o governador e membros da banca federal de Mato Grosso se reunirem com o ministro do TCU, Aroldo Cedraz, para entregar o recurso que visava destravar o andamento da obra.
Apesar das documentações e das justificativas apresentadas pelo Palácio Paiaguás, o processo foi levado ao pleno do TCU, que manteve por unanimidade o pedido de suspensão do modal, protocolado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
“Respeito o ministro, mas ele ou assessoria dele cometeu um engano ou alguma coisa que precisa ser explicada”, acrescentou Mendes.
Ao final, visivelmente irritado com os trâmites do imbróglio, o chefe do Executivo esclareceu que o Estado já está preparando um novo recurso contra a decisão.
“Vamos tomar todas as providências necessárias. É um absurdo, para não usar outras palavras”, finalizou.