Russi não vê ‘clima’ para propostas de CPI do Gás e da Saúde

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Max Russi (PSB) disse não acreditar que as propostas de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) da Saúde e do Gás de Cozinha avance na Casa de Leis por falta de assinaturas.

 

O apontamento do deputado foi feito à imprensa, na manhã desta quarta-feira (11). Na ocasião, Russi foi questionado sobre as duas propostas e apontou não haver “clima” para que as pautas avancem. O deputado disse ainda não ter tido acesso direto às propostas, mas frisou que, para aprovação, é necessário haver no mínimo 8 assinaturas para aprovação das CPIs.

No caso da CPI da Saúde, proposta pelo deputado Lúdio Cabral (PT), o objetivo é apurar o fato de Mato Grosso ser o primeiro estado brasileiro em taxa de mortalidade pela covid-19. Já na Comissão do Gás, proposta pelo parlamentar Gilberto Cattani (PSL), a ideia é investigar a razão pela qual o estado tem o gás de cozinha mais caro do país.

 

“Como nós temos 3 CPIs, precisa de um quórum mais qualificado. Em havendo no mínimo 8 assinaturas vamos fazer junto à Procuradoria para dar abertura ou não dessas CPIs”, disse o deputado.

 

“Acho que não tem (clima). Acho que não vai ter assinaturas. Particularmente, acho que não avança nas assinaturas. Se tiver, uma das funções principais do Parlamento é a fiscalização e acompanhamento e um desses instrumentos é através das CPIs”, acrescentou.

 

O primeiro secretário do Parlamento estadual, Eduardo Botelho (DEM), também se manifestou sobre as propostas. para o deputado, em nenhum dos casos há “argumento” necessário para criação das Comissões.

 

À imprensa, o deputado Wilson Santos (PSDB) também falou sobre o tema, destacando que é uma prerrogativa da ALMT a criação de CPIs. Ao ser questionado sobre seu posicionamento diante das propostas, o parlamentar disse não ter “nada contra nenhuma delas”.

 

Por fim, o deputado Lúdio Cabral defendeu a criação da CPI sob a prerrogativa de que a instauração da Comissão permitirá uma apuração pormenorizada dos dados relativos à pandemia em Mato Grosso.

 

Segundo o petista, há diversas perguntas a serem respondidas relativas à condução da pandemia em Mato Grosso e seus desdobramentos. Até o momento, o deputado conseguiu reunir 4 votos favoráveis dos 8 necessários para instauração do procedimento.

 

Lúdio Cabral ainda rebateu críticas do secretário de Estado de Saúde de que a criação da CPI poderia ter uma suposta pretensão política, com objetivo eleitoreiro.

 

“Eu quero tratar isso com a responsabilidade com que sempre tratei a pandemia. Se eu quisesse me aproveitar dos problemas que o Estado enfrentou para politizar, eu teria feito isso. Não fiz em nenhum momento”, disparou.

 

“Não é só a questão da vacinação. Então, o secretário de Saúde pode ficar tranquilo, o tratamento será técnico, de epidemiologista para poder identificar porque Mato Grosso alcançou esse resultado. É produto do acaso? Mato Grosso teve a infelicidade de ser o estado do país com maior mortalidade pela covid?”, finalizou.

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