Empresário Paulo Roberto de Souza Jamur é um dos presos na Operação Cupincha, da Polícia Federal, com objetivo de desarticular um esquema criminoso na área da Saúde Municipal, em Cuiabá. Ele foi preso em Curitiba (PR), onde mantém empresas, entre elas a Medserv Serviços Médicos e Hospitalares.
De acordo com as informações, Paulo Roberto é ex-sócio de Célio Rodrigues, que é ex-secretário de Saúde de Cuiabá – também foi preso na manhã desta quinta-feira (28). Além disso, consta que Paulo é um dos sócios da empresa MedServ, investigada na primeira fase da operação.
O inquérito da segunda fase, a operação Cupincha, ainda não foi divulgado. Mas o nome de Paulo já era citado no inquérito da Operação Curare, deflagrada em julho deste ano e investiga o mesmo tipo de crime: fraudes na saúde municipal.
Consta que que a MedServ tinha como sócio, além de Paulo Roberto, Marcelo Pereira da Silva. ‘Estranhamente, a empresa ainda compartilhavam o mesmo funcionário da Hipermed – outra empresa investigada -, identificado como Maicon dos Santos”.
A Hipermed tinha como administradora Mirim Flávia Caldeira Jamur. Ligação entre Miriam Flávia Caldeira Jamur e Paulo Roberto não foi apontada. Além disso, naquela investigação, foi apontado que a MedServ recebeu recursos de Cuiabá, mas outras empresas congêneres.
Como a Hipermed e a Ultramed, no passado, Paulo já esteve vinculado à Hipermed formalmente. Paulo foi alvo de busca e apreensão na Curare, já foi condenado a 10 anos de prisão pela Justiça do Paraná quando exercia o cargo de secretário de Finanças da cidade de Guaratuba. Ele foi acusado de fraudes no IPTU entre 2005 e 2008.
Nota de esclarecimento da Hipermed
A Hipermed Serviços Médicos & Hospitalares informa que está colaborando com as investigações da Polícia Federal de Mato Grosso, que resultou na segunda fase da Operação Curare, deflagrada na manhã desta quinta-feira (28.10).
Conforme previsto na legislação, a empresa atendeu aos contratos emergenciais relativos à Covid-19 e é a maior interessada que todos os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível.
Em que pese a operação deflagrada, inclusive com bloqueio de contas, a Hipermed tranquiliza os médicos dos Hospitais São Benedito e Municipal de Cuiabá (HMC), e demais prestações de serviços executadas pela empresa, que todos os compromissos serão honrados, tão logo se consiga reverter os bloqueios via medidas judiciais cabíveis.
Por fim, a empresa espera que tudo seja devidamente esclarecido, uma vez que está diante de uma investigação que prejudica não só a sua honra, mas também a sua imagem.
