Da Assessoria
No ano passado, nenhuma instituição financeira foi roubada ou furtada e, no ano anterior, tinham sido registrados 17 furtos e um roubo a bancos, cooperativas de créditos, empresas de transporte de valores e instituições similares.
Em 2023, as forças de segurança reprimiram o maior e, supostamente, mais organizado plano de roubo a instituição financeira, que seria executado em Confresa (1.160 km de Cuiabá) na modalidade “tomada de cidade”, com a Operação Canguçu. Essa tentativa ocorreu no domingo de Páscoa, 9 de abril.
A operação de combate se estendeu por 38 dias, com a participação de 130 policiais de Mato Grosso e 220 de outros quatro estados (Tocantins, Pará, Minas Gerais e Goiás). E chegou ao final com 18 suspeitos mortos em confrontos, cinco presos e 26 armas apreendidas, entre elas 13 fuzis (dois do modelo .50 e 11 AK-47), 67 “bananas” de dinamite, milhares de munições e dezenas de equipamentos de suporte.
Os índices gerais de crimes de 2023, consolidados esta semana pelo Observatório, apresentam queda em comparação com 2022.
No número de roubos seguidos de mortes, por exemplo, a redução foi de 48%. Foram 29 mortes, em 2022, e 15 no ano passado.
Já em relação a roubos ao patrimônio, a queda foi de 17%. De 6.213 para 5.144, conforme relatório da Sesp-MT. Foram 1.069 ocorrências a menos.
Roubos e furtos de cargas também apresentaram reduções significativas, de 49% e 25% respectivamente. De 283, em 2022, o número de roubos caiu para 143, em 2023. Os casos de furtos de cargas, que em 2022 foram 271, caíram para 202 no ano passado.
Os dados da Sesp-MT apontam queda em 26% e 12% nas ocorrências de furtos e roubos em propriedades rurais. De 245 registros, em 2022, o número de roubos caiu para 181, em 2023. Os furtos, que em 2022 foram 2.220 registros, no ano passado, diminuíram para 1.943.
Os índices de homicídios dolosos e feminicídios, mesmo que menores, se comparados aos crimes de ordem patrimonial, também tiveram queda.
De 876, em 2022, os homicídios dolosos caíram para 872, uma redução de 0,5% em 2023. Com relação aos feminícidios, 2023 fechou com 2% a menos, de 47 casos, em 2022, caiu para 46.
Além dos investimentos, o secretário de Segurança Pública, coronel Cesar Roveri avaliou demonstra o empenho das forças policiais na prevenção, repressão e do trabalho contínuo de investigação para identificar as autorias, esclarecer e prender os criminosos.
“O Governo prioriza a segurança em todos os aspectos com investimentos na estruturação física, aparelhamento e a modernização dos meios e melhoria das condições de trabalho”, afirmou.
Em 2023, por exemplo, foram investidos R$ 300 milhões que permitiram às polícias a execução de novos projetos e a continuidade da política de padronização e modernização dos armamentos forças policiais.
“Padronizamos os armamentos usados nas atividades policiais diárias, substituindo o antigo revólver 38 pela pistola Glock, arma usada por forças internacionais. Implantamos a comunicação digital e estamos empregando a tecnologia no combate a violência, por meio do Programa Vigia Mais MT. Hoje, cada policial tem uma pistola Glock em cautela pessoal e permanente”, reforçou.
De acordo com César Roveri, além da pistola Glock, todas as regiões de Mato Grosso as forças policiais dispõem de veículos compatíveis com as necessidades e armamentos de ponta.
“Temos o que há de mais avançado em fuzis e espingardas, para fazer frente à criminalidade”, informou.
O Governo do Estado, por meio da Sesp, já entregou 12.100 pistolas Glock e 950 fuzis e espingardas. Também adquiriu 660 pistolas Teaser, arma de incapacitação neuromuscular (não letal).
Para 2024, estão em processo a aquisição 1.950 pistolas Glock, mais 300 fuzis, além de um novo lote de armas não letais.
“Essas são aquisições que reforça a preocupado do Governo em continuar aparelhando dos policiais que vão às ruas fazer o policiamento cotidiano ou especializado, feito pelas Forças Táticas, Rotam, Bope, GCCO, entre outras unidades.
Operações
Em 2023, por meio da Secretaria Adjunta de Integração Operacional, a Sesp fez 130 operações integradas com foco no combate às facções criminosos, conforme relatório da Coordenadoria de Planejamento e Monitoramento (Coplam).
Já a Polícia Civil realizou, a partir de apurações especializadas, 24 operações e 131 prisões voltadas à repressão específica de organizações criminosas.
Ainda no campo investigativo, em 2023 o trabalho da PJC desenvolvido também levou à resolução de 88% nos 927 inquéritos instaurados para apurar homicídios. Esse índice significa 739 casos concluídos com as autorias apontadas e prisões em flagrante ou por mandados judiciais contra os responsáveis pelas mortes.
Nos crimes de feminicídios, o índice de resolução foi ainda maior, chegando a 98%. Foram 59 inquéritos concluídos, sendo 56 com autoria definida.