Da Assessoria
A delegada Renata Evangelista, que já ouviu o suspeito e a mãe da vítima, instaurou inquérito para investigar o crime. “As crianças foram acolhidas, passaram pela escuta especializada com a psicóloga, que coletou elementos suficientes para incriminar o suspeito”, explicou.
Em depoimento, a mãe confirmou que nos últimos 15 dias, a filha de nove anos começou a reclamar de dores nas partes íntimas e disse que estava sendo abusada pelo padrasto. Pelos relatos da vítima, o suspeito usava uma pomada para a prática dos atos libidinosos.
“A mãe não teria acreditado na filha, e no dia que ele perguntou quando as meninas ficariam sozinhas em casa, ela escondeu seu celular no quarto e saiu de casa para ir a igreja, quando retornou constatou o crime gravado”, completou a delegada Renata Evangelista.
Esta não teria sido a primeira vez que o suspeito foi denunciado pelas enteadas. No ano passado, a vítima mais velha relatou que estava sendo abusada sexualmente pelo padrasto, mas a mãe não acreditou e, posteriormente, a vítima negou o crime por ter sido ameaçada pelo padrasto.
A delegada enfatizou que quando uma criança relatar sinais de que foi abusada sexualmente, a melhor postura a ser tomada é procurar imediatamente a Delegacia Especializada, para que a criança não seja revitimizada e possa ser ouvida com acompanhamento psicológico.
“Crianças com pouca idade não tendem a inventar histórias de cunho sexual. A palavra da vítima tem especial relevância nesse tipo de caso e não há necessidade de gravação para que o suspeito seja preso. Isso porque esse tipo de crime, na maioria das vezes, é praticado às escondidas, sem testemunhas.