A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a morte do policial penal Edson Batista Alves,37 e a os indícios apontam que ele tirou a vida. Nas redes sociais, amigos citam depressão e lamentam o ocorrido. O servidor do Estado tinha diversas passagens criminais por violência doméstica e usava tornozeleira eletrônica.
O corpo do homem foi achado em uma casa do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, na tarde de sexta-feira (2). Em respeito à família, a Polícia Civil não deu detalhes sobre o local e as condições da vítima. Apenas confirmou que havia um ferimento na cabeça.
O agente é acusado de torturar a companheira e o filho dela. Ambos foram mantidos em cárcere privado, até que conseguiram fugir.
O homem foi preso e estava sendo monitorado por conta do crime.
Servidor do Estado desde 2006, ele já ocupou o cargo de chefe do Setor de Operações Especiais (SOE) da Penitenciária Central do Estado (PCE).
A Secretaria de Estado de Segurança e questionou a situação atual do servidor, diante das acusações de violência e uso de arma, mas não houve resposta.
Atualmente, ele estava lotado na Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
Horas antes de ser achado morto, o agente havia publicado uma foto durante o trabalho com a legenda: “Missões Reais”.
Logo abaixo um amigo comentou: “Triste, mais um irmão de farda se foi por causa dessa depressão”.
“Não acredito meu amigo querido você foi fraco. Disse que estava quase tudo bem, meu Deus vc não fez isso, não acredito”, diz outra mensagem.
O caso
Mulher de 31 anos e seu filho de 6 anos foram espancados e mantidos em cárcere privado por duas semanas pelo policial penal e ex-chefe do Setor de Operações Especiais (SOE) da Penitenciária Central do Estado.
As vítimas conseguiram fugir na noite de 20 de novembro de 2020 e denunciaram o suspeito, que fazia uso de tornozeleira eletrônica e foi denunciado ao menos 6 vezes por violência doméstica.
O crime chocou os policiais que atenderam a ocorrência. A criança estava com o braço quebrado devido ao espancamento sofrido, além de várias lesões pelo corpo.
A mãe dele, que também está com várias lesões, contou que passou a morar com o agressor há duas semanas após se mudar de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá).